Desde o sucesso alcançado nas constantes transmissões de jogos eletrônicos, muito se questiona se a pratica de atividades envolvendo games podem ser considerados esportes, para muitos esse tema pode ser visto como uma piada, vide a pratica dos e-sports ser totalmente contrária ao que se constrói e conceitua por prática esportiva, enquanto um teoricamente se conceituaria por ficar horas e horas jogando videogame, o outro se define através das atividades que aceleram o metabolismo humano, então, porquê esse debate é levado a tona se os conceitos de ambas as praticas são totalmente opostos? A resposta é que a prática de e-sports são muito mais amplas do que se imagina.

(FOTO: Reprodução // DreamHack

Hoje em dia, jogar jogos eletrônicos profissionalmente é muito diferente do que se imaginava há 10 anos atrás e de fato existem inúmeros fatores que se diferem dos esportes padronizados, tirando o fato de que os e-sports ainda não são regularizados como prática desportiva, existem diversos fatores que se assemelham e equiparam como por exemplo: horários de treino, atividade física, atividade psicológica, clubes, mercado de transferência, comissão técnica, jogadores e etc…. Os jogadores se veem cada vez mais como atletas esportivos e buscam cada vez mais o seu espaço no país para que as pessoas quebrem o estereótipo de que todo jogador de games vive sentado à beira do sedentarismo, cada vez mais os games vêm tomando sua força e seu espaço não só na internet, mas também nos canais de TV, as crianças que antigamente sonhavam em ser jogadores de basquete, futebol ou vôlei, nessa geração sonham em ser proplayers de Counter Strike, Free Fire ou League of Legends.

O Canal SporTV foi um dos pioneiros a transmitir jogos de e-sports aqui no Brasil, quebrando recordes de audiência e incluindo cada vez mais as competições com jogos eletrônicos na categoria de esporte. Mais na frente o canal de TV criou um projeto que faz sucesso até hoje chamado E-SporTV, gerando conteúdos para o público gamer em geral. (FOTO: Fotos Públicas)

Em Salvador, as atividades voltadas ao e-sports estão caminhando para um futuro promissor, recentemente o vereador Joceval Rodrigues (Cidadania) apresentou na câmara dos vereadores o projeto de lei nº 198/2020, que tem como proposta garantir aos praticantes de e-sports, atendimento médico, clínico e entre outros benefícios durante a disputa dos campeonatos, tudo isso através de uma nova federação que representaria o meio.

Para Joceval, a idéia é criar um campo de desenvolvimento aos jovens com uma política de cunho totalmente inovador, fazendo com que a cidade ganhasse destaque no país ao incluir a modalidade como uma prática desportiva em Salvador, seguindo todas as normas e diretrizes favoráveis para a prática.

Visando a economia da cidade, o Brasil é o maior país da américa latina a consumir produções voltadas para o e-sport, o Brasil detêm 20% da audiência quando se fala em torneios de games e em 2019 o número de fãs no brasil chegou a 21 milhões, tornando o país líder do continente nesse assunto.

O Prefeito ACM Neto tem conhecimento do crescimento massivo da prática na cidade de Salvador e afirma que a regulamentação da lei trará ainda mais segurança jurídica aos atletas.

Recentemente a FEBAEE (Federação Baiana dos Esportes Eletrônicos) divulgou um vídeo declarando o apoio do prefeito de Salvador, ACM Neto, à lei 198/2020 proposta pelo vereador Joceval Rodrigues.

Em meio ao eminente avanço das práticas de e-sports em Salvador, existe um projeto aclamado por diversas personalidades gamers do Brasil denominado de “Arena CWG”, trata-se de um espaço localizado na Arena Fonte Nova reservado pelo clube “Celestial Wolves Gaming” onde possui inúmeros terminais com os melhores e mais atuais produtos voltados aos jogos eletrônicos da geração para dar oportunidade a novos jogadores e novos criadores de conteúdo.

O projeto é desenvolvido pelos sócios João Paulo Carvalho e Lukas Walter com o intuito de desenvolver novos talentos e um mercado amplo de e-sports, partindo do nordeste. A empresa conta com uma parceria público-privada entre o Governo do Estado da Bahia, a Odebrecht e a OAS e conta com grandes parcerias como a empresa de computadores e periféricos, N.A.V.E Gamer.

Além da principal proposta em desenvolver novos talentos, a empresa conta com produções de conteúdos no seu instagram, podcasts, sorteios, eventos, campeonatos com premiações e diversas atividades que trazem ainda mais o público gamer para perto do meio.

A CWG Academy, por exemplo, é um dos muitos projetos que faz sucesso na Arena CWG:

“A CWG Arena é sem duvidas um projeto essencial, ter uma arena gamer com tudo de melhor instalado nela e aberta ao público possibilita que a Bahia seja vista como um grande potencial no e-sports e tirar um pouco do foco total que temos em São Paulo. Já tivermos várias pessoas que se destacaram no cenário competitivo de e-sports como os jogadores “Rakin” e “Baiano”, mas não tínhamos estrutura para desenvolver o que era necessário como eventos, campeonatos, encontros e afins. Com a Arena temos um espaço garantido para a realizações desses projetos”, declarou Raniere Luz, ex integrante da CWG e frequentador nato do espaço.

(FOTO: Fotos Públicas)

Por: Thiago Tolentino

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