CIBERCRIMES NO BRASIL

Quais são os mais comuns no país e o que está sendo feito para impedir a sua propagação?

O desenvolvimento de novas tecnologias e a migração de serviços antes realizados presencialmente passando para o meio digital durante a pandemia tiveram um efeito direto no aumento da quantidade de cibercrimes nos últimos anos.

Cibercrime, ou crime cibernético, é o termo utilizado para caracterizar crimes praticados através de ambientes virtuais, a atividade pode ter como foco o roubo de dados pessoais, espionagem, propagação de vírus, falsidade ideológica, bullying virtual entre outros. Os cibercriminosos, aqueles que praticam o crime, podem variar de um simples indivíduo desonesto até grupos organizados que buscam afetar determinadas pessoas de forma moral ou financeira.

Sendo um dos países mais afetados por esse tipo de crime, de acordo com um relatório de Ameaças Cibernéticas divulgado pela empresa  SonicWall, no primeiro semestre do ano de 2021, o Brasil ficou na quinto lugar no ranking de países que sofreram mais ataques de ransomware no mundo, com cerca de 9,1 milhão de registros.

Algumas das razões que justificariam essa posição no ranking seriam a falta de leis mais rígidas contra cibercrimes, o alto índice de transações online, o aumento da sofisticação desses tipos de crimes, além do seu baixo custo e a baixa adesão em medidas de cibersegurança no país.

Embora o Brasil já tenha algumas leis que punem quem pratica esses tipos de crimes, como a Lei 12.737/2012, mais conhecida com Lei Carolina Dickman que foi a primeira a tratar especificamente desse tipo de delito envolvendo a utilização da internet. Temos ainda a Lei 12.965 ou Marco Civil da Internet que trata da privacidade do usuário no meio digital e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) Lei 13.709, sendo como um complemento ao Marco Civil, mas que diferente da anterior trata dos dados pessoais e a utilização destes de maneira geral.

Os tipos mais comuns são os crimes:

Phishing – consiste em técnicas para se obter de forma ilícita informações pessoais de outras pessoas, tais como senhas ou dados bancários. Existem vários tipos de phishing que variam de acordo com a forma que é realizada a tentativa.

Ransomware – caracterizado como um tipo de malware, esse software funciona como uma espécie de sequestro de arquivos, bloqueando o acesso no equipamento até que a vítima pague determinada quantia.

Vírus de computador – é um software malicioso utilizado para infectar diversos arquivos, podendo se propagar também para outros equipamentos eletrônicos, podendo ficar ativo logo ao entrar em contato com a máquina ou ficando inativo até que o usuário o ative.

No final de maio desse ano foi sancionada a Lei 14.155 que busca punir com mais rigor os cibercrimes que envolvem estelionato e furto. Com a nova lei, o crime de invasão de dispositivos passa de três meses a um ano de detenção com multa de um terço de acordo com os danos causados para um a quatro anos de reclusão e multa de dois terços do dano causado. Já o crime de invasão de dispositivos com o intuito de obter informações confidenciais passou de seis meses a dois anos e multa para dois a cinco anos de reclusão e multa.

Imagem de capa: Blog Nexxera

Por: Islane Carvalho

CORREIOS GANHAM PRÊMIO DE TECNOLOGIA COM SERVIÇO CORREIOS PACKET

A ferramenta facilita importação de produtos para o Brasil ao implementar tecnologia a logística durante o processo de e-commerce

Nessa sexta-feira (19) de novembro foram anunciados os vencedores do prêmio BBM Projeto de Logística 2021, a transmissão do evento foi realizada de forma virtual, sendo anunciados os finalistas das 5 categorias avaliadas. O serviço Correios Packet, dos Correios, levou o prêmio na categoria de tecnologia como o projeto que melhor utilizou o recurso para nas operações.

Esse serviço foi desenvolvido em outubro de 2019 como uma maneira de tornar o processo de compra internacional menos burocrático, diminuindo assim o período de espera da encomenda. Assim, essa ferramenta vem facilitando o processo de comunicação entre as empresas responsáveis pela carga em território internacional e os correios.

O Correios Packet contam com duas modalidades de entregas: o Packet Standard considerado como uma entrega não prioritária, tendo um período de ao menos 10 dias para as principais capitais após liberação da mercadoria pela alfândega e o Packet Express, posto como uma entrega prioritária possuindo cerca de 4 dias para as principais capitais após a liberação. Ambos os serviços possuem seus valores incorporados ao frete sem a necessidade de uma taxa por Despacho Postal.

Além do prêmio conquistado nesse ano, a ferramenta também foi vencedora no ano passado do World Post & Parcel Awards, maior premiação internacional na área da indústria postal. Concorrendo na categoria de crescimento transfronteiriço, os Correios foram reconhecidos pelo serviço Packet no processo de recebimento de mercadorias e agilidade durante o desembaraço aduaneiro.

Por Islane Carvalho

Imagem de capa: Grnews/reprodução

MUDANÇAS NO FACEBOOK IMPULSIONA DEBATE SOBRE INCORPORAÇÃO DE EMPRESAS AO METAVERSO

A mudança de nome para Meta veio junto ao anúncio de um novo investimento.

A alteração foi divulgada na quinta-feira (28) pelo dono da empresa Mark Zuckerberg durante um evento e surpreendeu a todos, já que, além da mudança de nome do grupo Facebook, responsáveis por administrar as redes sociais pertencentes à empresa, Zuckerberg também anunciou a criação de um metaverso.

Esse novo projeto contará com o auxílio de diversas tecnologias para a elaboração de um sistema 3D, ao qual será possível realizarmos quase tudo o que fazemos fora do ambiente virtual. E diferente da realidade virtual, outra ferramenta muito conhecida, mas que diferente do metaverso já que esse busca agregá-lo a outras tecnologias como a realidade aumentada.

Mesmo antes da divulgação do Facebook, outras empresas também já tinham demonstrado interesse, ou até começado, a investir nesse universo. Com isso, a convergência pode significar a probabilidade de criação de um espaço integrado com vários outros serviços dando aos seus usuários diversas possibilidades de utilização dessas ferramentas.

Para o Facebook, ou Meta, a mudança veio como um ato de rebranding para tentar reconquistar a confiança do público após diversas polêmicas envolvendo a empresa, suas políticas de privacidade e a possível flexibilização para as contas que disseminam fake news. Outro motivo que pode ter impulsionado essa mudança é a disputa pelo público, levado aumento do reconhecimento de outras plataformas nos últimos anos, a exemplo do tik tok.

Embora tenha sido uma tentativa de reformulação da marca, a forma com que o projeto tem sido anunciado foi criticada por muitos profissionais que trabalham com o desenvolvimento desses universos, já que de acordo com eles, o Facebook tem divulgado o termo como algo criado por eles, algo que não é verdade, já que o primeiro ambiente virtual criado, o Second Life, foi desenvolvido em 2003.

Por Islane Carvalho

TECNOLOGIA NO COMBATE À COVID-19

Com todas as consequências trazidas pelo coronavírus a chegada das vacinas significou um alívio grande para muitas pessoas, os imunizantes foram desenvolvidos de forma rápida como o momento exigiu e a utilização de recursos tecnológicos junto à ciência foi crucial para esse progresso.

Além disso, a utilização de diferentes tecnologias possibilitou ainda a elaboração de diferentes processos de desenvolvimento dos imunizantes, em especial as da Moderna, Pfizer e CureVac que são a base de RNA mensageiro ou mRNA, técnica divulgada como novidade, mas que já era conhecida e foi adaptada para conter uma embalagem biodegradável, sintético e vegano que reveste a molécula de RNA diminuindo o risco de alergias.

O processo é realizado por meio do desenvolvimento do mRNA sintético que ajuda o organismo na produção da proteína específica para o vírus, funcionando de forma que o organismo aprenda a criar a  imunidade necessária para proteger o sistema do indivíduo do vírus.

A utilização do vírus inativo foi outra alternativa para as vacinas Coronavac, Sinopharm Beijing, Sinopharm Wuhan e Covaxin. Nesse caso o vírus é colhido e logo depois inativado. Dessa forma não consegue causar a doença no indivíduo, mas consegue gerar uma resposta do sistema imunológico.

Já no caso da Novavax, o método utilizado foi a base de proteína, essa forma leva o vírus desativado – assim como no caso anterior – mas que diferente desse se trata de fragmentos virais e não possuem o material genético do vírus. Esse método possibilita auxiliando na formação de um estimulo do sistema imune. 

As vacinas Astrazenica, Johnson & Johnson, CanSino e Sputnik V passam a  proteína do coronavírus para outro vírus enfraquecido e modificado em laboratório, fazendo com que fique incapaz de se replicar, mas que possa causar uma resposta imunológica do indivíduo.

A tecnologia não foi necessária tão somente no desenvolvimento das vacinas durante a pandemia, mais especificamente no período de isolamento foi possível observar algumas ferramentas utilizadas de forma benéfica para a população.

Outras formas que a tecnologia contribuiu durante a pandemia

O isolamento social causou imensos prejuízos a diversos setores da sociedade. Com o impacto, várias ferramentas tiveram seu uso intensificado ou ganharam outro direcionamento. Um exemplo é o aumento da quantidade de empresas que recorreram às redes sociais durante a pandemia. De acordo com a pesquisa “O Impacto da Pandemia de Coronavírus” do Sebrae, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, 70% das empreses buscaram as redes para vender seus produtos e serviços, diferente da média alcançada em março do ano passado que esteve na marca de 59%.

Outra ferramenta que também auxiliou o mercado de trabalho foram as reuniões virtuais que tiveram seu uso intensificado como estratégias utilizadas pelas empresas, já que devido ao isolamento social reuniões presenciais não eram possíveis de serem realizadas. Além dos aplicativos criados para monitorar pessoas com sintomas de Covid-19, plataformas que informam os pontos de vacinação e as vacinas disponíveis e dados do andamento da pandemia no país.

A utilização de aplicativos oficiais para a divulgação de informações influenciou em outro ponto muito importante no período de isolamento, que foi justamente o compartilhamento de dados reais sobre a Covid-19, vale ressaltar que a pandemia de coronavírus não significou somente um problema ligado a área da saúde, mas que esse também teve suas consequências no meio social e virtual com a infodemia e a desinformação.

Imagem de capa: Solutis/divulgação

Por Islane Carvalho

SAIBA ALGUMAS DAS CONSEQUÊNCIAS DA FALHA DE SERVIÇOS DO FACEBOOK

Na segunda-feira (04), os aplicativos Whatsapp, Instagram e Facebook ficaram instáveis causando um sério prejuízo para milhões de pessoas e expondo a dependência dessas redes

Não foi um problema de conexão, nem falha do seu roteador. Na segunda-feira passada (04), as redes sociais Facebook, Instagram e Whatsapp ficaram fora do ar por cerca de 6 horas, com base em relatos de internautas a instabilidade dos serviços teve seu início aqui no Brasil por volta das 12h30 (horário de Brasília) e só voltaram a ficar gradualmente estáveis ás 18h. Em sua conta oficial no Twitter, o Facebook que é possuidor do Instagram e WhatsApp pediu desculpas, mas não deu muitos detalhes sobre o que teria causado o problema.

Até o momento ainda não foi divulgado oficialmente o motivo da falha dos serviços, mas de acordo com especialistas um possível erro no DNS – sigla em inglês para o termo “Sistema de Nomes de Domínio” – teria causado o problema. O DNS é uma ferramenta que passa o nome de sites para endereços de IP para serem lidos por um computador. Quando ocorrem problemas com essa ferramenta o endereço de IP fica indisponível sendo esse o possível problema com os aplicativos.

A falha gerou alguns comentários de outros serviços que quiseram brincar com o “dia de cão” da empresa, a conta oficial do Twitter escreveu na própria rede social: “Oi, literalmente todo mundo”, o WhatsApp respondeu: “Oi”, o Instagram falou: “Oi e feliz segunda-feira”, enquanto isso o McDonald’s afirmou: “Oi, como posso servi-los?”.

Imagem: reprodução

Apesar da brincadeira no Twitter, o impacto atingiu as ações do Facebook que caíram em quase 5%, ao passo que a empresa perdeu U$ 47,3 bilhões em valor de mercado, Enquanto isso se estima que o prejuízo tenha sido de quase U$ 6 bilhões para Zuckerberg, dono do Facebook, que caiu para a sexta posição no ranking de milionários segundo a Forbes.

A queda das três plataformas também afetou cerca de 3 bilhões de pessoas, incluindo diversos empreendimentos que necessitavam dessas plataformas tanto para vender quanto para se comunicar com seus clientes.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, durante a pandemia, cerca de 70% das empresas recorreram ás redes sociais numa tentativa de alavancar suas venda. Com 84% de adeptos, o WhatsApp é a mais utilizada, sendo seguida pelo Instagram e Facebook, com 54% e 51% respectivamente. Justamente as redes que apresentaram a falha.

A falha nesses serviços não é novidade já que ainda nesse ano as mesmas redes já apresentaram algumas instabilidades, a situação se torna ainda mais delicada ao lembrarmos que o Facebook foi recentemente denunciado por uma ex-funcionária pela incitação ao discurso de ódio, manipulação e desinformação em suas redes sociais.

Imagem de capa: Freepik

Por: Islane Carvalho

ALGORITMOS: ENTENDA COMO FUNCIONA E PORQUE SE TORNARAM POLÊMICOS

Os primeiros indícios que se tem dos algoritmos são anotações relacionadas a supostos procedimentos do cotidiano do povo babilônio. Embora tenham se tornado mais conhecido na atualidade pelo meio tecnológico.

O que é e como funciona?

Os algoritmos são um conjunto de etapas que buscam alcançar de forma sistemática um resultado específico, englobando o máximo de variáveis possíveis, podendo se tornar cada vez mais complexo ao decorrer do processo.

No caso da utilização dessa ferramenta na computação, esse processo é desenvolvido por meio de machine learning, ou aprendizado de máquina, para realização da medição do que irá ser mostrado para cada usuário. Assim, muitas empresas utilizam as preferências dos próprios internautas para elencar seu conteúdo.

Mas por que se tornaram polêmicos?

Nos últimos anos algumas empresas como o Google e Twitter passaram por algumas polêmicas relacionadas possíveis algoritmos racistas e machistas nas suas plataformas dando início a uma intensa discussão sobre o tema.

Para citar alguns exemplos de polêmicas envolvendo os algoritmos, no caso do Google, no ano 2019 quando se digitava o termo “cabelo feio ou tranças feias” no buscador da plataforma as imagens eram em sua grande maioria de pessoas com cabelos crespos e cacheados, enquanto que ao se pesquisar “cabelo bonito ou tranças bonitas” o que se via majoritariamente eram pessoas de pele clara com cabelos lisos. Em sua defesa o Google alegou que apenas repetir o que esta no dicionário da Oxford University Press.

Já o Twitter foi criticado por priorizar rostos de pessoas de pele clara em sua ferramenta de corte automático de imagem não importando o lugar onde elas estivessem, ignorando pessoas de outras tonalidades. A empresa se defendeu lançando a seguinte nota: “Fizemos uma série de testes antes de lançar o modelo e não encontramos evidências de preconceito racial ou de gênero. Está claro que temos mais análises a fazer. Continuaremos compartilhando nossos aprendizados e medidas, e abriremos o código para que outros possam revisá-lo”.

Mesmo com essas falhas, os algoritmos se tornaram necessários tanto para o marketing, quanto para a programação, sendo importantes para a disseminação das informações que circulam na rede, embora como já vimos nos casos passados, precisamos estar atentos como ela está sendo passada e qual o nosso papel nesse cenário.

Imagem de capa: Ead Sicctep

Por: Islane Carvalho

BOTS: CONHEÇA MAIS SOBRE ESSA TECNOLOGIA

Eles auxiliam os buscadores, são nossos atendentes virtuais e estão presentes nas redes sociais, mas será que é só isso?

Sendo um assunto muito abordado atualmente, a presença de bots na internet já não é mais novidade para muitas pessoas, mas ao mesmo tempo em que a sua multifuncionalidade chama atenção ela também desencadeia uma abertura para impactos ambíguos no ambiente virtual.

Os bots ou rôbos são programas utilizados para rodar tarefas específicas de forma automática e repetitiva, embora sejam muito relacionados com a divulgação de notícias falsas, as funcionalidades desses programas ultrapassam essa limitação podendo ser considerados “benignos” e “malignos” a depender do seu uso e da sua função na internet.

Aqueles classificados como bons, são os que auxiliam o usuário durante o seu acesso a rede, como o crawler que são programas que selecionam sites para os mecanismos de busca, ou os chatbots que são usados para atender os humanos através da simulação de conversas, até as tão conhecidas assistentes virtuais – como a Alexa e a Siri se encaixam nessa categoria.

Por outro lado, existem também bots considerados ruins que agem de forma danosa ao usuário como os spambots, responsáveis por propagar conteúdos de forma não autorizada por emails que o próprio programa encontra, e os bots sociais que gerenciam perfis falsos na sua grande maioria para gerar influencia em determinados assuntos ou pessoas, sendo esses os mais comentados atualmente.

Em uma pesquisado Imperva, antes da pandemia no ano de 2019 cerca de 13,1% do tráfego na internet era formado pelos bots “benignos”, enquanto que os bots “malignos” representavam 24,1% e o tráfego humano era de 62,8%. Já em 2020, a taxa caiu para 59,2%, ao mesmo tempo em que tanto a quantidade de bots do bem quanto a taxa dos bots do mal aumentaram para 15,2% e 25,6% respectivamente.

Considerando que a maior parte dos bots presentes na internet são os malignos se torna claro a necessidade de um cuidado ao acessar a internet, já que a grande maioria desses programas possuem uma interferência direta nas informações que circulam no ambiente virtual.

Por Islane Carvalho

CRIPTOMOEDAS: UMA ALTERNATIVA PARA A ECONOMIA

Saiba o que são, quais são as vantagens e os riscos de se investir nesse ramo

Considerada por muitos uma evolução do sistema de pagamentos, a criação das criptomoedas representou uma nova possibilidade para a economia do futuro, já que os benefícios desse tipo de negócio têm chamado muita atenção e conquistado a confiança de diversos investidores. Mas será que você conhece esse mercado?

O que é e como funciona?

Uma criptomoeda é um tipo de dinheiro virtual que, diferente do físico, não é emitido por um governo e não apresenta a necessidade de interferências de terceiros para ocorrerem transferências, embora ela possua as mesmas três funções principais que o dinheiro físico: servir como meio de troca, como forma de pagamento por serviços e bens; reserva de valor, referente a reserva do valor para compras futuras ; e como unidade de conta, em que um bem é utilizado para medir o preço dos demais bens – como o Real. Mas, como esse processo funciona?

Falando desse dinheiro digital, cada moeda é, na verdade, um código complexo e único protegido por criptografia, para se adquirir é necessário o usuário ter uma carteira virtual ou desktop onde as moedas irão ficar armazenadas e seguras por codificação, após isso o indivíduo terá um endereço e já poderá comprar trocando as moedas digitais por moedas reais de acordo com o seu valor no mercado somente no site da blockchain.

Outra forma de adquirir é através das transações, como não há nenhum mecanismo que acompanhe, elas são precisam ser registradas e validadas por uma ou mais pessoas em seus computadores para gravá-las no chamado blockchain (significa cadeia de blocos).

Já os chamados mineradores são os que registram essas transações e, em troca, recebem algumas moedas. Com esse processo, novas unidades de moedas digitais são criadas, conforme essas operações são feitas os cálculos matemáticos para a realização desses se tornam cada vez mais difíceis para limitar o processo de mineração.

Histórico

Segundo o site Bitcoin.org, a criptomoeda foi descrita pela primeira vez em 1998 por Wei Daí que sugeriu a utilização de criptografia para controlar a emissão e transações realizadas com um novo tipo de dinheiro. Já a criação de fato, ocorreu entre os anos de 2008 e 2009 por Satoshi Nakamoto – um pseudônimo criado por uma pessoa ou por um grupo até hoje não se sabe ao certo – sendo o Bitcoin a primeira criada.

Atualmente já existem cerca de 5 mil moedas digitais, tendo a variação dos seus valores definidos a partir da lei da oferta e da demanda, ou seja, o valor acompanha o número de buscas de um determinado produto.

Vantagens e desvantagens das criptomoedas

Esse tipo de negócio possui pontos positivos e negativos. Dentre os pontos positivos, podemos citar que as criptomoedas não necessitam da interferência de autoridades, seja um banco ou governo, então as taxas sobre o valor adquirido são bem baixas ou até mesmo isentas. Além disso, a segurança também é um benefício já que o sistema blockchain dificulta a ação de hackers, visto que utiliza um sistema de não centralização das informações de transações.

Outro ponto positivo é a valorização que essas moedas têm ganhado com o passar dos anos, o Bitcoin – como por exemplo – subiu mais de 1.100% desde março do ano passado, segundo a Reuters.

Mesmo com o sucesso das criptomoedas alguns países proibiram o seu uso por diversos motivos, por exemplo, a Islândia que proibiu o Bitcoin como medida para impedir a saída da sua moeda pelas fronteiras, já a China impede o uso das moedas no país pois, pretende lançar sua própria criptomoeda. A falta de regulamentação de órgãos reguladores também é motivo de insegurança para aqueles que usuários envolvidos no setor.

 Além disso, a volatilidade presentes no meio das moedas digitais não é novidade, isso porque com a visibilidade varias pessoas se interessam causando essa variação nos valores das moedas.

Algumas criptomoedas conhecidas

Bitcoin (BTC)

A primeira e a mais famosa das criptomoedas foi desenvolvida em 2008 durante a crise financeira imobiliária dos Estados Unidos por Satoshi Nakamoto, pseudônimo de um ou mais indivíduos não identificados, ele também criou o blockchain o que possibilitou a criação do próprio Bitcoin.

Bitcoin Cash (BCH)

Derivado do Bitcoin (BTC), a versão Cash foi criada em 2017 por uma necessidade de um processamento mais rápido do Bitcoin original, essa versão também possui regras semelhantes às do Bitcoin original, tendo um limite de 21 milhões de moedas.

Ethereum (ETH)

Criado em 2016, o ETH foi criado após o roubo de um hacker a antiga Ether, ele conseguiu levar cerca de US$ 50 milhões em Ether, devido a esse ataque a comunidade decidiu desenvolver uma nova rede.

Ripple (XRP)

Lançado em 2011 e diferente das outras criptomoedas apresentadas é controlada por uma empresa privada, a Ripple Labs. A moeda serve como moeda-ponte em transações entre instituições financeiras e diferente das outras moedas não possui o processo de mineração.

Cuidados ao investir

Estar ciente das desvantagens e não só nas vantagens avaliando os riscos de se investir nesse ramo além de entender o mercado são alguns dos cuidados que um investidor precisa ter, visto que o modo em que funciona o mercado das criptomoedas não é tão simples, quanto pode parecer.

GAMES BRASILEIROS QUE VALEM A PENA CONHECER

Há quem diga que o Brasil não investe na produção de games, porém atualmente esse cenário vem se transformando e já podemos ver alguns jogos feitos por brasileiros super famosos não só aqui, mas também no exterior . Com todo esse sucesso, algumas produções nacionais foram alvo de bastante elogios em sites estrangeiros, sendo também premiadas em eventos internacionais . Além disso a indústria de jogos vem crescendo cada vez mais no Brasil e não é novidade para ninguém que o Brasil é um dos maiores consumidores de jogos do mercado. Separamos 6 jogos brasileiros que super valem a pena conhecer .

  1. Chroma Squad (PC, PS4, Xbox One, Android, iOS) — RPG: Esse game foi criado em Brasília, e tem o objetivo de homenagear algumas séries japonesas, ele foi criado pelo Behold Studios e foi considerado pelo público um dos melhores jogos em 2015.
  2. Distortions (PC) — Aventura: Foi criado pelo estúdio paulista Among Giants e levou quase 9 anos para se tornar real, teve seu lançamento no ano de 2018. Esse game trata de assuntos importantes como: feridas emocionais e relacionamentos, numa narrativa bastante surrealista. Também ganhou o prêmio de melhor game brasileiro no ano de 2017 através do voto popular.
  3. Lila’s Tale (Gear VR) — Aventura: Esse game foi criado pelo paulista Skullfish Lilas’s, visando a realidade virtual, é um jogo de aventura com alguns elementos de puzzle e plataforma para Gear VR. Ganhou em 2017 como melhor arte pelo Indie Prize em Singapura.
  4. 171 ( O GTA BRASILEIRO): É um jogo bastante parecido com o GTA, criado pelo estúdio brasileiro Betagames Group, o conceito desse game é mostrar como seria um jogo em um mundo aberto, inspirado na série Rockstar porém pensando no Brasil.
  5. BEJJ: Esse game tem uma didática inspirada no jiu-jitsu, ele foi criado pelo Smash Montain estúdio para android, o jogo mostra a cultura do esporte chamando atenção por usar cartas durante as batalhas.
  6. Crystal Chasers League: Esse game se trata de corrida, onde permite a presença de 12 jogadores ao mesmo tempo em ambientes e cenários variados, nesse jogo todos deverão participar a pé ou em veículos, tanto pelo mar ou pelo ar.

Crédito da imagem: Pixabay

Por Joane Conceição

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL – O QUE É, COMO TUDO COMEÇOU E COMO ELA ESTAR PRESENTE NO NOSSO COTIDIANO

VEJA COMO ELA IMPACTA NA NOSSA VIDA E O QUE PODEMOS ESPERAR DO FUTURO

Uma coisa é certa, a inteligência artificial (IA) já está presente no nosso cotidiano, seja na medicina ou nas indústrias até nas nossas casas e nos smartphones com as assistentes virtuais (Alexa, Siri, Cortana ou Google Assistente) que foram feitas a partir da IA com o objetivo de auxiliarem e automatizarem ações rotineiras como pesquisar sobre o clima ou até mesmo apagar, ou acender uma luz por meio de comandos de voz. Já na medicina a inteligência artificial pode contribuir na elaboração de novas vacinas, inclusive ela é capaz de produzir imunizantes para a COVID-19 segundo estudos da Escola de Engenharia Viterbi, da Universidade do Sul da Califórnia (com a sigla USC em inglês).

MAS O QUE É IA? E COMO QUE TUDO COMEÇOU?

A inteligência artificial é um campo de pesquisa da ciência computacional com o propósito da construção de ferramentas e dispositivos mediante símbolos computacionais que imitam o pensamento humano e a solução de problemas, logo, conseguir ser inteligente. Sendo assim, é possível afirmar que IA é a competência das máquinas de serem como os seres humanos e terem a capacidade de pensar, perceber, aprender, tomar decisões de maneira racional.

Estima-se que os estudos e o início do desenvolvimento desse ramo se deram nos anos 50, após a Segunda Guerra Mundial, com os cientistas Allen Newell, John McCarthy, Herbert Simon entre outros que deram o pontapé inicial para que pudéssemos ter a IA como conhecemos hoje.

Os estudos iniciais começaram na Universidade de Carnegie Mellon no primeiro laboratório de inteligência artificial com os cientistas Allen Newell e Herbert Simon (pioneiros na criação do laboratório). Inicialmente as análises de IA tinham como objetivo reproduzir de alguma maneira as habilidades humanas: pensamento, sentimentos, criatividade e comunicação.

Ademais, existem fatores tecnológicos atualmente que permitem o desenvolvimento e evolução de maneira eficiente são eles: processamento de Linguagem Natural (PLN), Machine Learning e o Deep Learning.

ONDE A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL ESTAR PRESENTE?

Como dito no início da matéria a IA estar presente nas indústrias desde o chão até a produção de automóveis autônomos, além da área da saúde. Sendo que, a inteligência artificial está também na palma de suas mãos e no mecanismo que você provavelmente está utilizando para ler essa matéria. Outro caso são os buscadores, o mais usado do mundo, o Google, utiliza essa tecnologia em todos seus produtos já que contam com o machine learning. O aplicativo de Fotos, por exemplo, permite encontrarmos situações, objetos e pessoas especificas e à medida que mais fotos são colocadas no app é criado diversos GIFs, colagens e até mesmo álbuns que reúnem fotos de uma certa ocasião ou de momentos parecidos.

Nas outras ferramentas do Google, bem como o Gmail e no Google Tradutor a IA também é muito presente. No primeiro caso, a inteligência artificial permite e auxilia a detecção de e-mails com spam. No app de tradução, a capacidade e a qualidade de traduzir pelo sistema de máquinas neurais melhorou muito, além de que para usuários de Android o reconhecimento da voz é também um aprendizado da máquina.

A inteligência artificial está presente também no Facebook, Twitter e no Instagram ao retirar um conteúdo com algo impróprio seja por violência explicita, nudez ou notícias falsas. Na situação do Facebook apesar de a IA ser extremamente avançada ainda é necessário que pessoas denunciem e identifiquem postagens que vão contra as diretrizes da plataforma.

Outro lugar que a IA estar presente é no antivírus do seu celular ou do seu computador, que também utiliza a tecnologia do machine learning, nesse caso a inteligência artificial auxilia e detecta os malwares, isto é, ameaças a integridade do seu sistema. Ainda que permita o usuário enviar seus dados para a empresa responsável pelo antivírus com o objetivo de preencher um largo banco de dados. Dessa forma, a inteligência artificial aprende com os dados dos usuários e detecta cada vez melhor e mais precisamente as possíveis ameaças.

No âmbito empresarial, a IA pode ser utilizada de diversas formas: no marketing, no setor de Recursos Humanos (RH), no financeiro e nas operações/produções.

Fora disso, a IA também está nas coisas mais rotineiras ainda e mais simples. Um exemplo disso são as recomendações de conteúdo seja ele informativo ou com o caráter de entretenimento. Exemplificando ainda mais, na Netflix, no YouTube e em outros serviços de streaming a inteligência artificial é responsável por te indicar os filmes, séries e vídeos com base naquilo que você já assistiu ou adicionou na lista.

E O FUTURO, COMO SERÁ?

Apesar de todos os esforços e da evolução dos últimos tempos com o intuito de tornar a IA mais próxima com o cérebro humano, o processo ainda é vagaroso. Para muitos ainda está muito de longe de atingir o potencial de um ser humano, mesmo que a inteligência artificial esteja presente em diversas áreas como na robótica e até em jogos.

A expectativa de muitos é que a inteligência artificial corte alguns empregos que conhecemos hoje, contudo, como toda evolução humana e tecnológica o ser humano será capaz de encontrar outra área para exercer, isto é, ser dotado de resiliência. Obviamente que a IA tem muito ainda o que avançar e em 10 anos ou menos seremos capazes de notar essa diferença, já que é algo que está inteiramente conectado com a evolução tecnológica, responsável por várias mudanças no mundo em que conhecemos atualmente.

Um grande exemplo disso são os computadores pessoais modernos que em 1981 eram gigantescos quando comparados com os atuais, até mesmo com os próprios smartphones da atualidade que em muitos casos são melhores que os próprios computadores de baixo custo ou intermediários. O tamanho é o principal fator que prontamente chama mais atenção, contudo, se levarmos isso para a questão dos softwares a discussão e a discrepância é abundante e está a anos-luz do primeiro computador lançado.

Sendo assim, sem dúvida, devemos usar a IA como uma aliada para o presente e futuro, uma vez que ela pode contribuir a produzir ainda mais coisas e permitindo exercer ainda mais a nossa criatividade e exercer a inovação em diversos setores da sociedade.

Por Ricardo Barbosa